Esporotricose
Etiologia
A esporotricose é uma micose provocada pelo fungo da
espécie Sporothrix schenckii. Chega a afetar os vasos linfáticos, a pele e até a alguns órgãos
internos, como o pulmão, ossos e cérebro. A micose é mais frequente em lugares
de clima temperado e húmido e o fungo vive na natureza, sendo transmitida
através de felinos como o gato, roedores e insetos. O fungo
encontra-se instalado na vegetação e entra no organismo através de rupturas na
pele. Portanto é uma doença ocupacional que pode atingir pessoas do campo, que
manipulam rosas por exemplo. É difundida por todos os continentes.
Imagens
Esporotricose num braco humano
Sinais e sintomas
A infecção normalmente
ocorre por ferimentos cutâneos responsáveis por infectar materiais. No homem,
habitualmente, os casos de esporotricose estão relacionados com o manejo de
vegetais ou ao contato com a terra, uma vez que esse fungo encontra-se no solo,
palha, vegetais e madeiras. No entanto, também pode ocorrer por arranhadura e mordedura
de gatos, ou resultante da manipulação de feridas desses animais que contenha
grande quantidade do fungo.
Os gatos podem adquirir a
doença devido ao hábito de arranhar madeiras, ou em lutas por alimento ou
disputas territoriais com outros de sua espécie.
Nos homens, essa
enfermidade acomete principalmente a pele e os vasos linfáticos próximos a ela,
podendo afetar também o pulmão, como já foi dito anteriormente. É inicialmente
observado um nódulo duro e pequeno à palpação, que aumenta de tamanho gradativamente
e, por conseguinte, resulta numa úlcera. Ao passo que a doença evolui, a
infecção dissemina-se por meio dos vasos linfáticos do dedo, da mão e do braço
e alcança os linfonodos, originando nódulos e úlceras pelo trajeto percorrido.
Nos casos de acometimento
pulmonar, os indivíduos que apresentam alguma doença associada, podem vir a
apresentar pneumonia, com leve dor no peito e tosse. Menos frequentemente, pode
haver infecção em outras regiões do organismo, como articulações, ossos,
músculos e globo ocular. É pouco provável a verificação da infecção no baço,
fígado, rins, órgãos genitais e cérebro.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico
é clínico, sendo que a confirmação é realizada por meio de cultura do
fungo, utilizando amostras de tecido infectado.
A infecção cutânea
apresenta disseminação lenta e raramente é fatal, sendo tratada com itraconazol, por via
oral. Pode também ser utilizado o iodeto de potássio; contudo não é muito
eficaz, e também, pode causar efeitos adversos, como erupções cutâneas,
congestão nasal e inflamação dos olhos, boca e garganta. Caso a infecção se
propague por todo o organismo, administra-se anfotericina B por via endovenosa. Todavia,
estudos têm demonstrado que o itraconazol oral apresenta eficácia similar ou
até mesmo superior.
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